Com a estreia da biografia Hitchcock nos cinemas, o
cineclube fez uma seleção de 4 filmes inesquecíveis do mestre do suspense.
Janela Indiscreta
(1954) mostra uma história de voyeurismo. Quando um fotógrafo (James
Stewart) quebra a perna e fica imobilizado em casa, ele passa a observar a
vida dos vizinhos, até o dia em que assiste a uma cena estranha no edifício em
frente ao seu, levando-o a crer que um homem cometeu um assassinato. Ele pede a
ajuda de sua namorada (Grace Kelly)
para a investigação.
Este filme foi uma das maiores produções da carreira de Alfred
Hitchcock. Depois de vários sucessos, os estúdios autorizaram um orçamento
fora do comum, além da criação do maior set de filmagem que a Paramount já
tinha construído - o que significou, na época, arrancar o teto dos galpões dos
estúdios, para construir o prédio onde mora o personagem.
Janela Indiscreta foi indicado a 4 Oscar, inclusive o de melhor diretor (Hitchcock) e melhor roteiro (Loren L. Ryder), mas não venceu nenhum prêmio. Dia 18 de abril às 19h30, no Cineclube Araucária.
Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940) Uma trama
como a de Rebecca, A Mulher Inesquecível poderia parecer
comum nos cinemas hoje em dia, mas foi um marco em 1940: este "suspense
romântico" mostra uma garota ingênua (Joan Fontaine) que se casa com um viúvo
milionário (Laurence Olivier) e se muda para sua grande
mansão. Mas quando chega no local, ela começa a descobrir que Rebecca, a esposa
falecida, ainda está bastante presente pela casa...
Este foi o primeiro filme de Hitchcock em Hollywood. Rebecca conquistou
um grande sucesso com os críticos, sendo incluído em praticamente todas as
listas de melhores filmes do ano, além de conquistar o Oscar de melhor filme -
sendo a única obra de Hitchcock a vencer o prêmio.
Rebecca contribuiu para a péssima fama
de Hitchcock como diretor de atores. De fato, o ator Laurence Olivier começou a
tratar Joan Fontaine muito mal, porque ele preferia ver sua namorada Vivien Leigh no papel principal. Hitchcock
aproveitou a oportunidade e criou um clima de complô durante as filmagens,
dizendo à atriz que ela era detestada por todos. Assim, ela tinha um ar
desemparado e triste durante as cenas, correspondendo ao que o diretor buscava
para a personagem. Dia 19 de abril às 19h30, no Cineclube Araucária.
Disque M Para Matar (1954) Ao contrário das inovações que Alfred Hitchcock
faria em Psicose e Um Corpo Que Cai, Disque M Para Matar (1954) é um suspense
típico das produções do diretor, cheio de tensão, reviravoltas e um crime
complexo, realizado em diversas etapas. A história apresenta o ex-jogador de
tênis Tony (Ray Milland), que planeja assassinar a esposa (Grace Kelly) quando
descobre que ela está saindo com outro homem. Mas os planos dão errado,
obrigando Tony a criar uma nova estratégia, rapidamente, para disfarçar sua
responsabilidade no caso.
Apesar da alta classificação etária (16 anos), Disque
M Para Matar foi um grande sucesso de público (tendo arrecadado US$6
milhões apenas nos Estados Unidos), e frequentemente é incluído nas listas de
10 maiores suspenses de todos os tempos. Apesar do sucesso das projeções em 3D
estar diminuindo na época, os estúdios Warner exigiram que Hitchcock filmasse
neste formato, obrigando o cineasta a mudar seus enquadramentos previstos
inicialmente. No final, a grande maioria das exibições do filme foi feita em
2D.
Dia 26 de abril às 19h30, no Cineclube Araucária.
Dia 26 de abril às 19h30, no Cineclube Araucária.
Em Um Corpo Que Cai
(1958) Um detetive aposentado (James Stewart) concorda em seguir a jovem
Madeleine (Kim Novak), a esposa de um amigo que começa a apresentar tendências
suicidas. Aos poucos, o detetive torna-se cada vez mais obcecado com esta mulher,
enquanto enfrenta seu medo de altura...
Neste
filme, Alfred Hitchcock decidiu inovar, realizando diversas ousadias com a
câmera para reproduzir a sensação de vertigem. O resultado foi controverso: na
época de seu lançamento, Um
Corpo Que Cai foi recebido com críticas negativas, além de ter
sido um grande fracasso de bilheteria (ele não cobriu nem metade dos seus
custos de produção). No entanto, recentemente esta produção superou Cidadão
Kane em uma lista feita por críticos e historiadores, sendo considerado o
melhor filme de todos os tempos.
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