A Menina
que Roubava Livros, de
Brian Percival, baseado no livro homônimo de Markus Zusak, conta a
história da jovem Liesel Meminger, uma garota que vive com os pais
adotivos na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Apaixonada por livros,
ela acaba desenvolvendo o hábito de roubar obras que são lidas para o
amigo Max, um judeu que mora clandestinamente em sua casa.

O livro de Markus Zusak, em que se baseia o filme, é muito, muito bom. É um daqueles que dá vontade de reler. Seu grande trunfo é ser narrado pela morte, o que confere à trama um ponto de vista único ou, pelo menos, incomum. Além da narração, também é interessante no livro o contraponto entre o encantamento de Liesel pela leitura e suas experiências com a morte. Como no livro, também no filme é a morte quem conta a história, com voz firme, masculina. Com as mesmas palavras instigantes, ela nos toma pela mão e nos imerge na vida de Liesel, a garota que lhe chamou atenção quando foi buscar seu irmão durante uma viagem de trem que os levaria ao novo lar. A Morte fica fascinada pela figura dessa garotinha que não sabe ler, mas que é perseguida pelas palavras quer queira quer não. Intrigada com o costume da menina de roubar livros, a ceifadora de almas acaba por seguir cada um dos seus passos.

O livro de Markus Zusak, em que se baseia o filme, é muito, muito bom. É um daqueles que dá vontade de reler. Seu grande trunfo é ser narrado pela morte, o que confere à trama um ponto de vista único ou, pelo menos, incomum. Além da narração, também é interessante no livro o contraponto entre o encantamento de Liesel pela leitura e suas experiências com a morte. Como no livro, também no filme é a morte quem conta a história, com voz firme, masculina. Com as mesmas palavras instigantes, ela nos toma pela mão e nos imerge na vida de Liesel, a garota que lhe chamou atenção quando foi buscar seu irmão durante uma viagem de trem que os levaria ao novo lar. A Morte fica fascinada pela figura dessa garotinha que não sabe ler, mas que é perseguida pelas palavras quer queira quer não. Intrigada com o costume da menina de roubar livros, a ceifadora de almas acaba por seguir cada um dos seus passos.
Sophie
Nélisse, a atriz que dá vida à personagem, nos apresenta uma Liesel muito
sensível e doce, o que permite ao espectador compreender o envolvimento com o
seu primeiro e melhor amigo – protótipo de primeiro amor -, Rudy Steiner, “o
garoto dos cabelos cor de limão”. Outra figura de destaque é o pai Hans
Hubermann, interpretado por Geoffrey Rush. O ator consegue passar com clareza
toda aquela aura amorosa do personagem original. Sua relação com a mãe Rosa
(Emily Watson) é tão adorável e cômica como esperam aqueles que os conheceram
nas páginas escritas por Zusak.
Entretanto,
algumas mudanças interessantes podem ser notadas no filme. Uma delas é a
substituição de um dos livros roubados por Liesel: o Dar de Ombros pelo
romance O Homem Invisível, de
H. G. Wells. Esta troca serve aos propósitos de apresentação e metáfora para o
personagem Max Vandenburg, um judeu que Hans Hubermann acolhe e esconde em seu
porão. O filme também oculta o “livro” escrito por Max nas páginas pintadas do Mein Kampf (Minha Luta, livro autobiográfico de Adolf
Hitler) e o substitui por um livro com páginas em branco para que a garota
possa escrever ela mesma a sua história.
Possivelmente
devido a uma tentativa de ampliação do público, o diretor preferiu empalidecer
as cenas chocantes e violentas. Por exemplo, tanto a “Noite dos Cristais” quanto
a marcha dos judeus pela rua Himmel foram expostas de forma bem mais suave do
que no livro. A tensão, entretanto, se faz presente através da bela trilha
sonora composta por John Williams (Harry
Potter, Jurassic Park, Indiana
Jones), chegando a se tornar quase palpável na cena em que acontece
um bombardeio e os habitantes da rua se reúnem no porão de uma das casas. O som
das explosões, cada vez mais próximas, estremece as paredes dos prédios, de tal
modo que o sentimento do público na sala é o desejo de que tudo aquilo passe
rapidamente.
Se você é fã do livro, é possível que aprecie também o filme por já se
identificar com os personagens. Mas também é bem provável que se incomode com o
quão certinha é a produção. De
todo modo, A Menina que Roubava Livros,
de Brian Percival veio para derramar lágrimas de avisados e desavisados. É, sem
dúvida, um bom programa que o Cineclube Araucária compartilha com os seus
amigos cinéfilos-leitores. A apresentação acontece em caráter experimental no
novo espaço cinema da AMECampos no dia 31 de maio – sábado – às 20h00. Clique no quadro abaixo para assistir o trailer oficial do filme.

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